terça-feira, 29 de abril de 2008

Elfos, faunos, gnomos, génios, duendes e diabretes

Elfos, faunos, gnomos, génios, duendes e diabretes, nunca diga estas palavras em voz alta e também não as tenha demasiado tempo na sua mente. Com efeito, pronunciá-las muitas vezes é sinónimo de evocar o que representa. E, nunca se devem pressupor as intenções, acções ou reacções destas criaturas imaginárias. Tanto são capazes do pior como do melhor, pois sendo o seu comportamento incoerente, os seus pensamentos e atitudes, as suas obras e as suas façanhas são imprevisíveis.

Segundo as lendas, a sua origem é angelical, divina ou necromântica. Trata-se, portanto, de anjos caídos, que Deus, por Sua clemência, salvou da destruição e autorizou a viver na Terra, ou então de divindades que desceram à Terra, vivendo ao mesmo tempo neste mundo e no Outro Mundo, ou então mortos-vivos, almas errantes, com um pé no túmulo e no além e outro sobre a terra e o mundo visível.

Porém, em muitos aspectos, as fadas ou duendes parecem-se muito com os espíritos da natureza e com os génios que, por sua vez, foram o princípio do conceito da hierarquia dos anjos – o anjo está, por sua vez, relacionado com o corpo astral.

Por isso, encontramo-las muitas vezes no pequenos bosques, nas clareiras, próximo das árvores centenárias, das fontes ou dos tanques, no coração das florestas impenetráveis, escondidas entre os altos fetos e matas, ou na bruma, e portanto são donas de um lugar ou sítio concreto e exercem alguns poderes em correspondência com as grandes forças da natureza e os elementos.

No entanto, as fadas, juntamente com elfos, gnomos, duendes e outros moradores dos bosques apresentam outras particularidades, que não encontramos nos génios, nos espíritos da natureza nem nos anjos: têm qualidades humanas, muitas vezes desmedidas ou caricaturais.

Por isso os psicanalistas Bruno Bettelheim, americano, e Marie-Louise von Franz, alemã, viram nas personagens dos contos de fadas características inerentes aos comportamentos humanos inconscientes

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